Exposição ALUMÍNIO EM CORES
A reflexão sobre o tempo e a cor nos conduz à jornada do alumínio: um material que, nascido na indústria como cinza e funcional, se reinventa ao longo de sua trajetória, adquirindo novos significados quando atravessado pelo olhar da arte. Assim como o tempo imprime tonalidades em nossas memórias, o toque criativo transforma o metal em suporte vivo para a expressão poética.
De um lado, está a precisão técnica da indústria – processos como a anodização, que não apenas aumentam a durabilidade do alumínio, mas permitem tingir sua superfície em uma ampla gama de cores vibrantes e permanentes. De outro, a liberdade criativa do ateliê, que ressignifica essas mesmas qualidades, expandindo-as para o território da emoção e da imaginação. Nesse diálogo, o alumínio deixa de ser apenas matéria-prima ou revestimento funcional: torna-se conceito, tela, linguagem.
A cor, antes pensada como proteção, se converte em instrumento de linguagem artística. A superfície lisa e reflexiva do alumínio interage com a luz, cria brilhos, texturas e camadas de significados. Cada peça deixa de ser apenas um produto industrial e se torna um espelho da imaginação de quem a molda.
A exposição “O Alumínio em Cores” propõe justamente esse encontro: a travessia do alumínio entre a indústria e a arte, revelando como técnica e criação podem coexistir sem oposição, mas em diálogo. É a demonstração de que um material cotidiano pode transcender sua função e se abrir a infinitas possibilidades estéticas, transformando-se em poesia visual.
Para ampliar essa reflexão, a curadoria apresenta obras selecionadas do acervo permanente do Centro Cultural do Alumínio – CCAL, incluindo peças que, pela primeira vez, são exibidas ao público. O conjunto evidencia a diversidade de técnicas de coloração aplicadas ao alumínio, como pintura a óleo, aplicação em spray, impressão UV,processos de anodização e reutilização criativa de chapas de offset e de cápsulas de café expresso.