Atualmente o Brasil recebe grande destaque na produção do alumínio. Segundo os dados da Associação Brasileira do Alumínio- ABAL , o país é o décimo primeiro produtor de alumínio primário, e o terceiro produtor de bauxita e também o terceiro maior produtor de alumina. Do mesmo modo, é referência na atividade de reciclagem, reaproveitando praticamente toda a sucata disponível.
Hoje, muito familiar e conhecido, o alumínio possui uma trajetória recente no Brasil. Os primeiros relatos sobre a produção, ainda incipiente, de alumínio são da década de 1920. As referências sobre a bauxita no país estão presentes nos Anais de 1928 da Escola de Minas de Ouro Preto e foi nessa época que ocorrem as primeiras iniciativas para estabelecer a produção de alumínio que se consolidará de modo mais efetivo, somente na década de 1940 . Com o apoio do governo Vargas, em 1938, e com a demanda ocasionada, sobretudo, pela segunda guerra mundial, cresce a produção de alumina e alumínio no país, oferecendo condições para a ampliação e estabelecimento da indústria
Para resgatar a história do alumínio no Brasil é imprescindível recuperar a trajetória de personalidades e empresas que tiveram papel fundamental na implantação da indústria. No cenário brasileiro várias pessoas e empreendimentos participaram desse processo e contribuíram para o desenvolvimento do setor, oferecendo documentos importantes para compor essa história. A Elquisa e a Companhia Brasileira de Alumínio- CBA foram, nos anos 1940, uma das primeiras empresas a se estabelecerem no país e desempenharam uma função significativa na afirmação da indústria. Outros exemplos de empresas que atuaram no crescimento do setor e integram a história do alumínio no Brasil são: Laminação de Metais Clemente; a Aluminium Limited - Alcan; a Aluminium Company of America- Alcoa; a Vale do Rio Doce (CVRD); Valesul Alumínio S. A.; Biliton Metais S. A.; Norsk Hydro; entre outras.
Os artistas também desempenham um papel importante para história do alumínio no Brasil. Registram, estudam, fazem pesquisas e desenvolvem novas técnicas para o desenvolvimento de suas obras.
Em 1939, o fotógrafo alemão Hans Günter Flieg (1923), imigra para São Paulo em decorrência da guerra e do antissemitismo na Alemanha. No Brasil atua como artista e fotógrafo industrial, de publicidade e arquitetura tornando-se um dos principais artistas a documentar o processo de industrialização e as transformações urbanísticas de São Paulo no século XX . Nos anos 1960, ele acompanhou e registrou o desenvolvimento da indústria do alumínio, produzindo uma série de fotografias para a Cia Brasileira do Alumínio, que, hoje, também se constituem em importantes documentos sobre a história do alumínio no país.
Laminação
Hans Günter Flieg |
Trefilação
Hans Günter Flieg |
Extrusão
Hans Günter Flieg |
Nesse momento, muitos artistas começam a explorar as potencialidades de formas geométricas e o alumínio é empregado como suporte na obra de muitos artistas como Luiz Sacilotto, Ligia Clark, Mary Vieira, Franz Weismann, Amilcar de Castro e Richard Serra. A partir de então, as experiências e aplicações do alumínio cresceram no universo das artes visuais, sendo um material explorado por artistas contemporâneos.
Mary Vieira
Polivolume (1953) |
Luiz Sacilotto
Concreção (1958) |
Lygia Clark
Bichos (1960) |
Desde o início de sua produção no Brasil, o alumínio passa a integrar e abranger diversos ramos e atividades do cotidiano, participando não apenas da indústria, mas também englobando os domínios da arte e cultura.
10FONTE: http://abal.org.br/estatisticas/nacionais/perfil-da-industria/
11Precedido pela China, Rússia, Canadá, Emirados Árabes, Índia, Austrália, Noruega, Bahrein e Estados Unidos.
12Posiciona-se atrás de Austrália e China.
13Posiciona-se atrás da atrás de China e Austrália.
14http://abal.org.br/sustentabilidade/reciclagem/reciclagem-no-brasil/
15http://abal.org.br/aluminio/historia-da-industria-do-aluminio/historia-da-industria-no-brasil/
16FONTE: Abal